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Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brazil
Nós somos o 4º ano C, da Escola Eugênio Nelson Ritzel, Bairro Kephas, em Novo Hamburgo. Nossa professora chama-se Maria Ester. Nós somos uma turma esperta, inteligente, unida, amiga, leal, bonita, confiante. Nós estamos nos conhecendo.

Socializar experiências da sala de aula

O blog é uma excelente ferramenta, para dialogarmos com pessoas de diferentes lugares do mundo. Através deste, partilho as vivências de sala de aula. Este lugar é único. Como professora, cotidianamente enfrento novos desafios. São muitas experiências que entendo ser importante comungar com outras pessoas. Neste sentido, relato o dia a dia do 4º ano C, minha turma querida. Há dificuldades também, mas elas são pequenas diante das alegrias, das construções coletivas, das iniciativas da turma, das produções. Obrigada, por prestigiar-nos com sua visita. Fraterno abraço, professora Maria Ester Martins do Nascimento.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Treze de maio: uma reflexão sobre a data

 Artista Plástica Raquel da Silva e Coordenadora Pedagógica Flaviane Sheffel
 Alunos e alunas do 4º ano C prestigiam as obras da artista plástica Raquel da Silva


Raquel  realiza caricatura
No dia 13 de maio do ano de 1888 foi assinada a Abolição da Escravatura. Esta data tem sido esquecida. Tal fato está associado a vários fatores. Por um lado há os que a refutam, considerando que tira o protagonismo da comunidade negra. E, por outro, pelo  silenciamento "natural", referente a fatos associados a história da comunidade negra. Diante disso, é justificável o seu desconhecimento por parte da comunidade escolar. Durante a semana discutimos sobre a assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel. Uma frase chamou-me a atenção. Na quarta-feira, dia 11 de maio, enquanto conversávamos o estudante Thales fez um questionamento, que está no imaginário de meninos e meninas. Disse-me: "Professora, eles não se revoltavam"? Nem preciso dizer que adorei a provocação. Considero as falas das crianças uma das maiores riquezas, para a construção de um currículo vivo. Diante da fala do Thales discorri sobre as formas de resistência da comunidade, principalmente sobre os quilombos. Nisto fiz referência a alguns quilombos do Rio Grande do Sul, com menção ao Silva e ao Macaco Branco, por conhecê-los. Neste 13 de maio a culminância do trabalho foi uma retomada do que havíamos discutido, dando ênfase a importância de fortalecermos uma relação de acolhimento as diferenças. Encerrei minha fala com um texto de Martin Luther King que diz o seguinte:
Um dia...

Os jovens ouvirão palavras que não haverão de entender.

Crianças da Índia perguntarão: o que é fome?
Crianças do Alabama perguntarão: o que é discriminação racial?
Crianças de Hiroshima perguntarão: o que é bomba atômica?
Crianças perguntarão na escola: o que é guerra?
Vocês lhes responderão. Vocês lhes ensinarão:
Essas palavras não são mais usadas.
São como carruagens, galeras ou escravidão.
Palavras que não têm mais sentido.
É por isso que foram tiradas dos dicionários.
Martin Luther King Jr.






A artista plástica Raquel da Silva participou das atividades da tarde. Sua presença na sala deve-se ao fato de ser uma artista, cujos trabalhos remetem para a cultura afro-brasileira. Seus trabalhos ressaltam à questão da negritude, em especial imagens relacionadas às mulheres. Os seus belíssimos trabalhos já são conhecidos pela turma, pois é autora dos nossos murais. Neste encontro, ela trouxe algumas obras suas. Realizou várias caricaturas das crianças, inclusive a minha. O espaço de tempo não permitiu a realização da caricatura de todas as crianças. Teremos um outro encontro, para dar continuidade à atividade.
Texto: Maria Ester do Nascimento
Fotos: Maria Ester e Thales 

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