4º ano C, turma linda, que diariamente me impulsiona a acreditar numa escola possível
O Projeto "Bullying: Brincadeira não tem graça quando o brinquedo é o outro" tem como proposta discutir o dia a dia da escola. Em nossa 1ª avaliação trimestral as crianças e os adolescentes também tiveram como desafio realizar a sua auto-avaliação. Esta proposta da equipe pedagógica da escola contribuiu, para um outro movimento importante, uma reflexão por parte das crianças e dos adolescentes sobre suas ações. Fiquei impactada, ao ler as respostas. Nelas constatei, que os meninos e as meninas apresentam amadurecimento, ao reconhecer algumas atitudes, as quais estamos trabalhando no sentido de eliminá-las do nosso convívio. Neste sentido, avalio como positiva a nossa proposta de trabalho. Pois, constato nas respostas uma sensibilização diante de situações do dia a dia. O projeto é um desafio, para todos e todas nós. Na relação com o outro há momentos de tensão, na minha turma não é diferente. Há momentos de conflitos, faz parte deste processo de construção coletiva. Mas estamos avançando. Temos muitas conquistas neste período, no que diz respeito à aprendizagem, bem como as relações. Como educadora, sinto-me fortalecida para acreditar que é possível. No cotidiano escolar, há um quadro "às vezes assustador". Refuto a ideia de que não tem jeito. Quero continuar acreditando que é possível "sim" fazer diferente, que é possível fazer da "escola", um lugar de encantamento, de solidariedade, de descobertas, de respeito as diferenças. Confesso, que tem dias que não é nada fácil. Enfim, um pequeno desabafo ... Como dizia minha mãe "sonha". Que o bom Deus ajude-me a concretizar os sonhos, que tenho sonhado, em relação à educação!Como expressou Paulo Freire:
"Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa mas não desiste".
Texto: Maria Ester Martins do Nascimento
Foto: Fotógrafo Diego da Rosa
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